quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Pitt Stop!

Fico sempre com uma lágrima o olho quando vejo um aspirante a entrar aqui no clube dos cinco a cair por terra. É o que vai acontecer em breve ao Júlio Mendes.
Como se percebe, o presidente da Câmara mantém o lugar em aberto para a arquitecta do GTL que o vereador bem tentou tirar do caminho, porque mais depressa cai o bom do Júlio do que a superstar do nosso Património Mundial. E aparentemente o negócio por detrás do parque de estacionamento para o Toural, dá sinais de poder cair antes mesmo de estar de pé, mesmo que o vereador tenha feito daquele ponto uma das suas bandeiras.
O reinado do Júlio Mendes acaba antes mesmo de começar. E nem é a primeira vez que Magalhães encosta contra os rails um “delfim” quando este o tenta ultrapassar pela direita. É um Schumacher este presidente...

sábado, 26 de janeiro de 2008

No centro da Europa

Tenho andado a passear por Guimarães. Um destes dias julguei estar numa cidade civilizada de um qualquer país do centro da Europa (ah…os meus tempos de estudante em Paris!).

Ao passar no ainda intacto Toural, vi um músico de rua, de guitarra ao ombro, a cantar num inglês imperceptível, ali ao pé da Porta da Vila. Julguei-me em Paris, numa estação de metro, a caminho do Louvre. Mais adiante vi duas lésbicas, de mãos dadas, sem receio de mostrar os seus afectos.

Pensei quês Guimarães tinha evoluído assim do dia para a noite. Como se uma obra contemporânea pintada de vermelho conseguisse contagiar toda uma cidade de um espírito vanguardista. Quis gritar aos quatro ventos que Guimarães já era uma cidade europeia e que, sim senhor!, vamos ser uma excelente capital da Cultura. Mas depois vi o Roriz Mendes…Esqueçam lá isso!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Eles andem aí

Afinal, aqui os cinco membros obscuros do blog, não são a única sociedade secreta que anda pela blogosfera. A confraria mais obscura também tem um blog, mas não sabe o que é ser blogger. Vai daí e perguntou a um reputado blogger de Braga que jura a pés juntos que não faz parte da mesma.

É tipo ir ao Avante e não ser Comunista. Ou ler a Man’s Health e não ser gay.

Bracarense amigo, leve o avental.

O meu sonho era ter um GT...L

Não vou falar de carros. Muitos menos de Clãs. E pensando melhor, até não é fora do tema. Tratando-se um clã ou não, a arquitecta Alexandra Gesta, fugiu a sete pés de alguém, antes de fechar a casa, para não ter que emitir um parecer sobre certas alterações ao traçado urbanístico de Guimarães.
A mim é que me está a parecer - emitido ou não - que temos novo ditador na calha. Um aprendiz de um mestre de quem já falei. Quer participar? Em ideias estaremos sempre de acordo: a mim também não me interessam pareceres e opiniões alheias. No meu cantinho mando eu!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Caminhadas- I

No outro dia fui à feira. Era tal a confusão que até me lembrei do parque das Hortas. Ridículo. Até tinha barcos, pelo menos no projecto inicial. Agora tem prédios, asfalto um bocadinho de água, pouca para não ser muito radical. Também proliferam morcegos. Isto faz-me pensar no que vão fazer ao Toural. Até é semelhante, asfalto (com nome mais grandioso) , um bocadinho de àgua e pronto. Neste proliferam pombas. Muito mais bonito sem dúvida. Pelo menos mais europeu.
Mas voltando à feira fiquei suprendido com a falta de presença da ASAE. Já tenho saudades de ver o alarido e foclore de abertura de telejornais. É chato não ter notícias e depois temos que falar do Benfica de 5 em 5 minutos. Estava na esperança de os ver ao vivo, ou até pedir um autógrafo. Desilusão. Pensei para mim:"estes tipos fazem falta ao país pa"(leia-se "pa" como sendo o meu amigo egocêntrico imaginário). Deu-me umas tremuras na mão , que me acompanham há umas décadas e resolvi comprar algo com recheio, doce. Proibido, julgo eu. Descobri inclusivamente que aqui proliferam as abelhas ou zangões.
Mais uma volta e dei comigo no meio de edifícios, muitos por sinal. Devem vir no PDM como zona de contrução aos trambolhões e fé em Deus (que este é grande embora eu seja laico). Ainda bem que os fazem aqui, senão teria isto tudo à minha porta. Prefiro uma co-inceneradora!Apreciei melhor e pareceu-me um bairro de lata. E tanta gente boa por aqui!Ao fundo algo mais digno: o complexo desportivo do nosso VSC.
Farto de mediocridades fiz-me ao caminho que a minha mãe já me esperava com o almoço. Antes passei naquele sítio que tem um estátua, mas não consegui perceber quem era a figura altiva por detrás de murros. Fica para uma próxima caminhada.
Saudações (sem pudor de as fazer quando quiser).

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Espaços Jovens

"Guimarães vai ter "Espaço de Saúde Jovem", in Rádio Fundação.

Uma coisa este projecto vai conseguir: Confidencialidade. A verdade é que ninguém vai mesmo ao Ponto Já! Mas eu queria só deixar uma proposta. Entreguem a gestão deste novo projecto a alguém das vossas jovens cores políticas. Não vá um deles passar mais um ano a chorar-se por aí...

Classificados - Vendo

Vendo: Gravador Molarinho

Em bom estado. Externo. Compatível com PC e MAC. Velocidade até 52x.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Terra de Farturas

Guimarães tem uma televisão. Ou melhor: tem uma tlebisão, porque tem sotaque. E como tirano que me prezo de ser acho muito bem que existe um canal único. Além disso, não me lembro de nenhum canal tão bem apessoado na difícil tarefa de maquilhar a realidade.

Em Guimarães fecham fábricas? Na GMR TV não! Em Guimarães há uma empresa municipal em falência técnica? Qual quê?! O que era giro era fazermos jornalismo? Nã! Isto da televisão é para fazer um Caras Notícias em versão provinciana...

O dono da tlebisão é um seguidor do canivete-suicismo que já atacou outras individualidades do concelho. Além da TB, é jornalista da Santiago, deputado municipal (e candidato derrotado à junta de freguesia de S. Paio, que fugiu ao PS depois de quase duas décadas) e director do Cybercentro. O próprio Cybercentro é uma espécie de loja dos trezentos: há lá de tudo. Nem sempre com a melhora qualidade. Dá explicações, aulas de música e informática, passa filmes, pelo meio tem tempo de prestar o serviço de internet para o qual foi concebido. E ainda faz uns trabalhos por fora para o Vitória.

O dono da telbisão é filho do antigo buldozzer do PS local. Uma espécie de Jorge Coelho à vimaranense. E vice-presidente do Vitória. E ex-vereador (saiu da Câmara numa história mal explicada, mas deixou o filho à porta do poder). E ainda o detentor do recorde local de finos tirados na Martins.

Com o Oliveira sénior no Vitória, a telbisão do júnior passou a ser o canal oficial do Vitória (há mais alguma coisa que não seja bola e aquelas rubricas mixurucas no canal do poder?). E o produtor conteúdos do (horroroso e amador) site do Vitória. Estanho? Nem por isso, muito menos em Guimarães.

Os trabalhos que o Cybercentro presta ao Vitória não devem ser alheios ao facto de o patriarca da família Oliveira ser agora vice-presidente do clube. Ainda que ambos sofram de um problema hepático: São verdes!

De qualquer das formas, a família Oliveira continua a adoçar os vimaranenses. Com açúcar e canela por cima.

(posta escrita ao sabor de um churro recheado)

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Jamais

Que o executivo socialista tem bons ministros é uma opinião. Que tem maus ministros é um facto. Mas Mário Lino vai mais além, inaugura uma nova escala de incapacidade e transpõe todas as fronteiras no que concerne a incompetência ministerial. O dossier do novo aeroporto foi de tal modo mal gerido que me leva a questionar se Mário Lino terá, efectivamente, qualquer tipo de capacidade para o cargo, ou se será, pura e simplesmente, o tachista-mor, o favorzinho político levado a um extremo nunca antes atingido.

Foi sendo tornado claro, com particular incidência nos últimos meses, que a solução Ota não só era má, como era péssima. Mário Lino não concordou. Insistiu, persistiu e acentuou um erro claro, clamoroso, e cujas consequências para o país seriam nada menos do que trágicas. A célebre conferência de "Alchochete jamais (leia-se em francês)" roçou a imbecilidade, revelou total ausência de estudos, de preparação, de conhecimento. Mais ainda, revelou profunda falta de respeito pela região e evidenciou o provincialismo centralista de Lisboa no mais elevado grau. Tivesse ou não conhecimento de causa (e torna-se agora por demais evidente que não tinha), Mário Lino nunca precisaria de dizer o que disse e, sobretudo, naquele tom. Uma inexplicável procura por protagonismo? Naturalmente que foi arrasado pela opinião pública, por comentadores, analistas, técnicos, e toda a gente que tem um mínimo de senso.

E foi numa humilhante conferência de imprensa que Mário Lino anunciou: afinal Alcochete era a melhor opção. De solução impensável, recheada de impossibilidades técnicas, logísticas e ambientais, passou a ser a opção ideal, perfeita, o único caminho possível. Enquanto metade do país estava contra a Ota, o executivo manteve-se firme. Quando todo o país se levantou contra a Ota, voltou atrás. E isto é o pior de tudo. É que Alcochete não é uma opção técnica, é política. E tal nem foi disfarçado. Depois de anos de insistência da Ota, a decisão da mudança foi tomada apenas um dia depois de ser conhecido o estudo (e apenas mais um) definitivo. Quem está minimamente atento percebe o quão absurdo isto é. Aquela que é a maior obra pública de sempre do Estado Português em solo Português (porque a maior obra pública de sempre, ironia das ironias, nem sequer é em Portugal - é a barragem de Cahora-Bassa, cedida ao governo de Moçambique por mil reis e um bolo de arroz) acaba por ser analisada com uma leviandade absurda, surreal, inaceitável, e a decisão final acaba por ser tomada por mero populismo, por mais um punhado de votos nas próximas legislativas. Felizmente que Alcochete parece ser de facto a melhor opção. Porque se o país quisesse o novo aeroporto em Vila Nova de Mil Fontes, era lá que este seria construído.

Um observador desatento, após ler este cenário, pensaria, por certo, que Mário Lino estaria por esta hora demitido, e a sua carreira política seria hoje uma piada de mau gosto que facilmente cairia no esquecimento. Puro engano. Como se da coisa mais natural do Mundo se tratasse, José Sócrates deu uma palmadinha nas costas ao seu inenarrável ministro e ainda o elogiou pela opção tomada. O próprio José Sócrates e o seu executivo parecem ter saído da situação em bom plano segundo alguns comentadores e analistas: Sócrates é humano, Sócrates hesita, Sócrates ouve o que lhe têm para dizer, Sócrates é capaz de voltar atrás, Sócrates é capaz de tomar a melhor decisão. Haja paciência.

Mário Lino prossegue assim na sua cadeira, desprovido de qualquer credibilidade, com a palavra "incompetente" tatuada na testa, mas, ainda assim, com o apoio de Sócrates. É este o homem que está encarregado de gerir uma das maiores obras públicas de sempre. Estou muito tranquilo, sem dúvida. Seria absurdo supor que Mário Lino erraria num dossier tão importante. Jamais.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Acumular funções - o primeiro passo

Estando eu a viver por Portugal, aqui por um cantinho, maltratado pelos ditadores com poder, no Minho, chamado Guimarães, não me falta assuntos sobre os quais escrever. É um conjunto de concorrentes à minha posição na história. Não só pelas aspirações a mandar no seu mundo, como pela maldade que têm nos pensamentos.

E falando muito concretamente desta cidade, há um nome incontornável no cantinho dos que mandam mais do que os outros. Naquele espaço da sociedade onde há alguns aprendizes meus, e de alguns colegas aqui do blog. E essa pessoa é António Castro.

O “Pequeno-Líder”, ou o “Mini-Me”, como é conhecido carinhosamente por António Magalhães, a fazer lembrar o vilão de “Austin Powers” e o seu pequeno criado, acabou de receber a ECOAVE. Um presente. Ou visto por outra perspectiva, mais um cargo a juntar à já antiga posição no SMAS, actual Vimágua.

António Castro torna-se assim o dono da holding do Ambiente do município vimaranense. E dá assim o primeiro passo na direcção correcta. Para mandar, convém ir acumulando cargos directivos importantes.
Para ele, o maior problema agora, vai ser resolver mentalmente o caminho que quer seguir. Castro, o homem do ambiente, ou Castro, o homem do imobiliário. Que vai ele decidir quando tiver que “realterar” o PDM, para satisfazer um amigo, mas para isso tiver que passar por cima de seis arvores, e um riacho?


p.s.: Se depois disto, pensam que eu vou ser mais um daqueles elementos da blogosfera, que vai tentar parecer engraçado, mas falar mal de toda a gente a torto e a direito, não se preocupem… Não gosto de desiludir as pessoas!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Agenda Cultural – Brito discute hiperactividade

Na freguesia de Brito vai discutir-se hoje à noite a Hiperactividade. Serão oradores deste debate vários especialistas na matéria, especialmente o presidente da junta de freguesia desta vila de Guimarães.
José Dias vai explicar como consegue ser presidente da junta, presidente encapotado do clube de futebol, dono do centro social e ainda sócio de uma empresa de viagens.Este senhor é um exemplo de multifuncionalidade que devia inspirar os nossos políticos. Um verdadeiro homem dos sete instrumentos. Ou um canivete suíço. Fossem todos como ele, actores únicos nas suas aldeias, e o mundo seria melhor.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

O que eu faria...

O que faria eu se mandasse em Guimarães...? Antes de mais arrumava com metade dos vereadores. Ou então mantinha mesmo estes. Não há melhor cenário para um ditador do que estar rodeado de inúteis. O problema havia era de ser a minha sucessão. Mas já não ia estar cá para a ver.
O segundo passo era municipalizar todas as associações vimaranenses. Acho que neste momento só eu seria capaz de pegar na maior parte delas. Estão num tal estado de decadência que era preciso um pulso forte como o meu para recuperar a maioria delas. E outras, só mesmo acabar de vez, tal a inutilidade.

Começava pelo CAR. Visitava a sede, e fazia um teste de alcoolémia. Separava-os em dois grupos, delimitados pela barreira do 1,4 gramas de álcool no sangue: para quem estivesse abaixo, pedia-lhe que parasse com o antibiótico e que retomasse a vida normal e voltasse a beber. Acabava por mandá-lo para o outro grupo. Onde estavam com certeza todos os outros. A solução passava por pô-los todos a roçar o mato das traseiras, e a plantar batatas logo a seguir a estar pronto. Reconstruía assim a clientela, e tornava o espaço num canto de cultura. A divulgação dos ideais da revolução francesa é que já não sei se continuava. Não é que não goste. Mas mete-me nojo!

Em relação ao Cineclube, limitava-me a “desmassificar”, a subir aos preços dos bilhetes, que já são mais de metade dos cinemas comerciais, e voltava a devolver as sessões às elites, e quem gosta de filmes estranhos.
Já a Artística e a Muralha, era à lei da bomba. Mandava abaixo até os edifícios. Mas sobre os pedreiros e as muralhas, falaremos com mais calma lá mais para a frente.

O Gabinete de Imprensa e o CMJ, escusava até de os passar para a minha gestão. São duas associações em vias de extinção por causas naturais. Ou porque são sempre os mesmos, ou porque na realidade nunca existiram! Mas ao menos do CMJ nunca ninguém tirou dinheiros para benefício pessoal… Pelo menos que tenha vindo a público.

domingo, 13 de janeiro de 2008

Augusto Pinochet


Excelentíssimos Senhores Ditadores de Opinião

Venho, por este meio, apresentar-me ao colectivo que gere este espaço opinativo. Faço notar, antes de mais, que, ao contrário do que seria de esperar, não introduzi nenhum título académico a seguir ao "Senhores", pois o Ditador José Sócrates também é gente digna e não merece sair diminuído nesta questão.

Este humilde servo que se apresenta perante vós, de nome Augusto José Ramón Pinochet Ugarte, é, nem mais nem menos, o Salvador do Chile. Nasci a 25 de Novembro, no ano da graça de 1915, em Valparaíso. Porquê Augusto Pinochet e não José Ugarte, perguntam vocês? Simples: Ugarte parece nome de preto.

Encontro-me, de momento, num pedaço de terra à beira mar plantado chamado Portugal. Sempre quis conhecer o Algarve, região que a minha estimada amiga Margaret tinha em muito boa conta, visto que é, praticamente, um condado britânico. As política de liberalização deste sítio são tão boas que já nem debatem se é ético fazer publicidade para crianças. Aqui fazem publicidade de crianças, principalmente de uma catraia loira que foi vendida pelos pais, ou coisa que o valha. Ah, os bons velhos tempos do capitalismo selvagem!

Não é só o clima, a nível meteorológico, que é agradável, meus senhores! Também o clima político deste país é soberbo: ao pé de alguns autarcas portugueses sou um menino!

Venho, sobretudo, dar um pouco de alento e sabedoria a esta gente. A minha querida Direita é patética e esses piolhosos da Esquerda andam por aí, livremente, sem ninguém que os consiga parar. Vamos lá a ver se, com alguns conselhos, este país pode voltar a entrar nos eixos.

Sem mais nada a acrescentar e desejoso de continuar a partilhar os meus magníficos pontos de vista, subscrevo-me,

Miminhos,
Augusto José

PS: O programa "As tardes da Júlia" está muito melhor servido com a loira do que com aquele avestroncio. Amanhã, não percam esta pérola televisiva: vai lá a Odete Santos mais três deficientes mostrar como é que se consegue ser feliz apesar das dificuldades.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Mobutu


Ora mas que belo espaço este, onde encontrei alguns compinchas para discutir vários assuntos pertinentes.

De nome completo Joseph-Désiré Mobutu, nasci a 14 de Outubro de 1930, em Lisala, no Congo Belga.

Num dia faltou a eletricidade lá na aldeia e eu e uns amigos decidimos passar o tempo, tendo tomado o Congo de assalto.

Fartei-me de burocracias e acabei com a oposição. Fartei-me de dar justificações e aquiri o poder absoluto. Fartei-me do nome Congo e passei a chamar-lhe Zaire. Fartei-me do meu nome complicado e rebaptizei-me simplesmente como Mobutu Sese Seko Nkuku wa za Banga.

O resto é história.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Pol Pot

Meus camaradas,


chamo-me Saloth Sar, ou antes, Pol Pot, o "irmão número um". Nasci na bela Phnom Penh a 19 de Maio de 1928, embora uns reaccionários digam que foi em 1925, mas isso não é verdade. Sou de Kampuchéa, a que alguns chamam infamemente Camboja.


Estudei em França, mas regressei a casa sem acabar o meu curso. A minha mãe sempre foi muito severa com os meus estudos e não descansou enquanto não acabei a faculdade. Vai daí e obrigou-me a fundar uma universidade, a que chamei "Independente", onde cumpri brilhantemente os dois anos que me faltavam em apenas 27 minutos e 56 segundos, o mesmo tempo do recorde mundial dos 10.000 metros. Agora chamam-me engenheiro Pot, o que deixa a minha mãe orgulhosa e me dá estatuto quando me faço anunciar nas visitas oficiais.


Em França comecei a ouvir Edith Piaf, o que causou danos irreparáveis no meu cérebro. Os médicos dizem que foi por isso que comecei a mandar gente trabalhar nos campos. Eu acho que foi do marisco. Nunca ma caiu bem, especialmente ao almoço...


Para quem não conhece, o meu país fica entre a Tailândia, o Laos e o Vietname, e é um excelente destino turístico. Passem por cá: de férias, para começar uma guerra ou comprar um órfão.
O meu sonho é criar um país novo, baseado na agricultura. E é por isso que me tenho batido desde sempre. Para já, consegui encher de lavradores o MRPP, em Portugal, e a Comissão Europeia. Mas acho que há ali caras conhecidas dos tempos em que íamos às excursões do Grande Líder, a Pequim.


Agora juntei-me aqui com uns amigos para falarmos um bocadinho da forma como o mundo vai. É que o meu sonho agrícola floresce neste mundo a que chamam blogoesfera: não faltam aí nabos. E aqui também não!