O que faria eu se mandasse em Guimarães...? Antes de mais arrumava com metade dos vereadores. Ou então mantinha mesmo estes. Não há melhor cenário para um ditador do que estar rodeado de inúteis. O problema havia era de ser a minha sucessão. Mas já não ia estar cá para a ver.
O segundo passo era municipalizar todas as associações vimaranenses. Acho que neste momento só eu seria capaz de pegar na maior parte delas. Estão num tal estado de decadência que era preciso um pulso forte como o meu para recuperar a maioria delas. E outras, só mesmo acabar de vez, tal a inutilidade.
1,4 gramas de álcool no sangue: para quem estivesse abaixo, pedia-lhe que parasse com o antibiótico e que retomasse a vida normal e voltasse a beber. Acabava por mandá-lo para o outro grupo. Onde estavam com certeza todos os outros. A solução passava por pô-los todos a roçar o mato das traseiras, e a plantar batatas logo a seguir a estar pronto. Reconstruía assim a clientela, e tornava o espaço num canto de cultura. A divulgação dos ideais da revolução francesa é que já não sei se continuava. Não é que não goste. Mas mete-me nojo!
Em relação ao Cineclube, limitava-me a “desmassificar”, a subir aos preços dos bilhetes, que já são mais de metade dos cinemas comerciais, e voltava a devolver as sessões às elites, e quem gosta de filmes estranhos.
Já a Artística e a Muralha, era à lei da bomba. Mandava abaixo até os edifícios. Mas sobre os pedreiros e as muralhas, falaremos com mais calma lá mais para a frente.
O Gabinete de Imprensa e o CMJ, escusava até de os passar para a minha gestão. São duas associações em vias de extinção por causas naturais. Ou porque são sempre os mesmos, ou porque na realidade nunca existiram! Mas ao menos do CMJ nunca ninguém tirou dinheiros para benefício pessoal… Pelo menos que tenha vindo a público.
O segundo passo era municipalizar todas as associações vimaranenses. Acho que neste momento só eu seria capaz de pegar na maior parte delas. Estão num tal estado de decadência que era preciso um pulso forte como o meu para recuperar a maioria delas. E outras, só mesmo acabar de vez, tal a inutilidade.
Em relação ao Cineclube, limitava-me a “desmassificar”, a subir aos preços dos bilhetes, que já são mais de metade dos cinemas comerciais, e voltava a devolver as sessões às elites, e quem gosta de filmes estranhos.
Já a Artística e a Muralha, era à lei da bomba. Mandava abaixo até os edifícios. Mas sobre os pedreiros e as muralhas, falaremos com mais calma lá mais para a frente.
O Gabinete de Imprensa e o CMJ, escusava até de os passar para a minha gestão. São duas associações em vias de extinção por causas naturais. Ou porque são sempre os mesmos, ou porque na realidade nunca existiram! Mas ao menos do CMJ nunca ninguém tirou dinheiros para benefício pessoal… Pelo menos que tenha vindo a público.
7 comentários:
Falta-vos um. O Sócrates. Se quiserem estou disponivel.
Quanto ao Cineclube, deves ser um daqueles que fica chateado quando a sala tem mais do que 8 pessoas.
Tudo o resto, nada a dizer, agora o Cineclube... É provavel que saibas coisas que não sei, mas acho que passam bons filmes, mesmo que um filme tenha sido um blockbuster, se for bom, deve passar lá.
Abraço e parabéns pelo blog.
Ideia brilhante.
Boas!
O ditador é aquele que edita, não é?
Por acaso é aquele que dita (=conduz, obriga).
Espero que a ditadura Vimaranense não tenha a ideia de deitar abaixo o castelo e o mosteiro de D. Muma. Senão eu vou aí, que desrespeito às cinzas dos antepassados eu não tolero.
Como se vê por esta prosa, aspirantes a ditadores, há muitos. Não conheço a vida de Guimarães (os últimos da minha família a viver na cidade foi há uns 800 anos), mas se for como por aqui -bomba nisso. A maior parte das associações só existe no Cartório Notarial, o resto =0.
"Já a Artística e a Muralha, era à lei da bomba. Mandava abaixo até os edifícios." Ora diga-me lá qual é o edifício da Muralha, à senhor que tanto sabe. É que tenha aqui umas cartas para lhes entregar e não consigo dar com a porta.
Como em qualquer outra situação o ditador rodeia-se dos que na sua insignificância menos inoportunos lhe possam parecer. Fazem bem. Também com tais sistemas politicos para quê uma ditatura. Votam nos amigos e nos tachos. Tanto melhor, mais faceis são de convencer. Depois a eterna luta do bem e do mal. Discussão pouca, nem á pedrada, o que até podia ser consensual. Já as associações são vitimas do sistema em crise e casa de pequenos abutres na fartura. Bem hajam aqueles que as usam para fins próprios. Nesse caso estará sempre concluído qualquer plano de actividades. Já quem encontra a crise, coitados, não passam de pesssoas bem intencionadas a queixarem-se de tudo e de todos. Infelizes aqueles que fazem do trabalho comunitário o seu modo de vida. Tornem-se homens e mulheres fortes e obedeçam às vossas ambições pessoais...
Vamos lá de uma ponta à outra.
An jo - Porque é que o mais simples trabalhador tem o mesmo direito que eu, que sou da elite, de ir ver um Fellini? É claramente injusto!
Anónimo (o primeiro) - Sim. Ditador é aquele que edita. Corta e cola à sua maneira.
Anónimo (o segundo) - Sim! Também dita. Também obriga... Ao fim e ao cabo, faz de tudo um bocado. Coisas de ter o poder todo nas mãos. Aspirantes a ditador também não faltam. Vamos falar sobre isso brevemente. Quanto às associações, é verdade. Algumas só existem mesmo no cartório. às vezes, nem sede têm...
aan - Não seja ciumento...Eu falava de todas as associações se pudesse...
último anónimo (até à data) - o senhor anda no meio politico da cidade, vejo. As associações são vitimas também de si próprias, e desses tais abutres. Já reparou que há gente que está em 50% ou mais, das associações da cidade? Ou são muito boa gente, e dão para todos os peditórios, ou então...
Não são ciúmes, meu caro José dos Bigodes, é mesmo ignorância: não sei onde seja o tal edifício onde se dispunha a colocar uma bomba, e dava-me jeito saber, porque mo perguntam com frequência. Se me conseguisse esclarecer, agradecia.
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