terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

A reacção

Um leitor escondido atrás de um infame nome (António Tavares? Isso é nome de gente? Vê-se logo que é um pseudónimo...) enviou-me um simpático email onde, entre outros impropérios, me acusava de andar metido no Ibuprofeno e ser sócio do Benfica. Além disso, diz o “Tavares” que aqui no blogue só temos feito críticas à câmara e o PS e que sobre a oposição não dizemos nada.

Respondi-lhe com cordialidade, numa carta que passo a reproduzir:

“Caro individuo

A sua carta só pode ser obra da mente de um endemoninhado. A única coisa que consumo amiúde são quantidades medicamente não recomendadas de batata vermelha produzidas nos terrenos anexos à minha propriedade em Oleiros.

Acusar-me de ser sócio do Benfica é grave. Porque, das duas uma, ou está a confundir-me com o Luciano Baltar, ou não entendeu que o meu Khmer era vermelho por causa do bom do Marx e não por causa do Coluna.

Quanto às críticas à câmara, seu patego, aconselho-o a ler melhor o que escrevi. Eu não critico, até acho algumas das condutas próprias de um tirano que se preze. E isso, como entenderá, não é para mim um motivo para depreciação, antes para apologética consideração.

Houve, no entanto, uma coisa que não entendi na sua desenxabida missiva: O senhor diz que eu não falo da oposição. E eu pergunto: “E isso é o quê?”.

Essa não era uma palavra que constasse no meu vocabulário, mas como estava de bons modos (acordei com o sol a bater na janela do meu aposento e com a criada, acorrentada a um bigorna, a servir-me torradas com doce de tâmara) resolvi investigar o que é isso de oposição.

Gastei cerca de 12 segundos (isto ‘tá lento oh Larry Page) e encontrei a resposta.

Diz aqui que “Em política refere-se ao partido ou grupo de partidos que intitulam-se contrários ao governo”. É uma daquelas modernices que eu não entendo: governos com partidos contrários. Mas continuei na minha busca.

E sabe que em Guimarães não encontrei oposição? Pelo menos ainda não dei por ela. Talvez isso ajude a explicar a minha inocência. Perdoe-me, pois.

Cordiais saudações,

Potinho”

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